Marcos Aurelio

Olá, sou Marcos Aurélio e trabalho com ilustração profissional desde 1991!

+55 (11) 97294-5255
contato@marcosaurelio.art.br

Assine minha Newsletter

Digite seu endereço de e-mail para receber notificações de novas publicações por e-mail.

Luzes de Armas

Luzes de Armas

Pois é, acho que caí nas graças do talento em evolução da atriz Ana De Armas que a cada filme – os quais os produtores e diretores insistem para que a bela atriz continue a saga de “pagar peitinho” – mostra melhor  interpretação para as respectivas propostas dramáticas mas não vou me alongar com essa conversa de pseudo crítico inteligentinho, termo cunhado pelo filósofo Felipe “Spoiler” Pondé, e focar em algo que  realmente me iluminam os olhos: a fotografia dos filmes em que a vi atuar.

Tenho ns filmes em que atuou a percepção de um destaque recortado para suas personagens que são resultado da luz usada na estética da cena sobre sua beleza plástica e que gera uma fluidez visual encantadora e é nesse ponto que, reforçando o que comentei na postagem Primeiro Luz e depois câmera, ação! as cenas em que atua geram inspiração para ilustrar e usar a experiência adquirida como reforço da minha proficiência em executar os trabalhos regulares mas estar preparado quando os mais exigentes aparecerem.

Os diretores de fotografia tem um papel técnico dentro da narrativa do filme e são responsáveis em preparar a iluminação das cenas seguindo as exigências visuais dos diretores para contar a história.

Gostaria de citar cenas dos filmes que a vi atuando começando pelo “Blade Runner 2049” onde resolvi destacar um momento simples e belo onde a personagem apresenta-se próxima de uma parede em que percebo uma das marcas registradas em suas atuações que é aquele hipnótico brilho nos olhos que se destacam em seu rosto como ocorre nos personagens de animes e somado à leve transparência de seu corpo(!) para o painel de luz criam um belo conjunto visual com a personagem em destaque de forma simples e objetivo.

Fiz essa pintura digital como parte da prática de exercícios, que me preparam para executar minhas ilustraões comerciais, usando como referência cenas do filme “Blade Runner 2049” onde o painel de luz acaba por indicar uma das características da personagem.

Silhuetas e perspectivas são características visuais apaixonantes e em meu trabalho com ilustração comercial e a aplicação delas me ajudam a solucionar rapidamente questões técnicas de execução e da forma mais simples para fazê-lo e através da análise se sua aplicação  o desenvolvimento é sempre mais eficaz o que me lembra outra cena em que a perspectiva é percebida sem a necessidade de pontos de fuga ou respectivos planos convergentes mas basicamente fazendo uso do brilho de um enorme display holográfico e a silhueta  do herói. Contraste e saturação de cores são usados de uma forma muito envolvente mas que raramente são requisitados nos trabalhos regulares de ilustração comercial mas que foi um ótimo exercício de arte para representação da cena.

Nessa outra cena do mesmo filme o que me impressiona é a perspectiva obtida sem a necessidade de pontos de fuga.

Um outro filme que me pegou de surpresa ao vê-la atuando, pois até aquele momento não tinha visto trailers ou reportagens a respeito, foi no filme “007 Sem tempo para morrer” em que o contraste do personagem da atriz está no máximo, visualmente falando, havendo poucas cenas de iluminação que me chamaram a atenção mas e onde percebe-se que os diretores de arte descobriram que sua assinatura visual em cena é o brilho mágico de seus olhos.

Nessa cena do filme “007 Sem tempo para morrer” me foquei mais nas formas e menos no acabamento para tentar captar como a atriz sorri com os olhos.

Teve uma outra cena também que a força da luz sobre seu personagem criam aquele icônico momento dos quadrinhos onde o personagem é iluminado pelas luzes do helicóptero da polícia e que de tão intensa cria sombras contrastadas e com eliminação dos detalhes  e que tornou aparente outro detalhe icônico de suas expressões que é o momento ”boquinha com dentes levemente cerrados”.

…e nessa outra quis interpretar em estilo mais quadrinhos a iluminação contrastada naquele momento da cena.

Mas o último filme em que a vi atuado, de forma muito intensa acrescento, foi “Água profundas” que é fraco mas possui durante toda sua apresentação uma luz muito linda e equilibrada na maior parte do tempo e intensa quando necessário e que com certeza garantiria uma premiação para o diretor de fotografia.

Talvez por gostar do efeito contra luz esse filme caiu no meu gosto; não é obscenamente exagerado como os que aparecem nos filmes do Michael Bay e sim usada com parcimônia, como diria o saudoso Jose Paulo de Andrade, onde tanto as luzes naturais quanto as artificiais iluminam a personagem deixando seus olhos  e silhuetas do cabelo e do corpo com recortes , brilho e contraste que chegam a lembrar pinturas em aquarela.

Exageros a parte é essa a emoção que sinto frente à beleza visual apresentada nos filmes e que por consequência despertam minha vontade de usar minha arte para representa-la como se a luz utilizada, de certa maneira, pedisse para ter sua beleza retratada… como se minhas artes fossem uma forma de dizer ao diretor de fotografia “ah, sim, entendi o que você fez”.

Cenas, obras de artes ou ilustrações sem muito contraste precisam, de preferência, de algum elemento para quebrar uma possível monotonia visual e um brilho mais intenso aqui ou uma sombra mais contrastada ali acabam criando detalhes significativos que chamam a atenção para onde queremos guiar a visão e a prática dos exercícios, produzindo respectivas ilustrações, tornam-se uma forma de desconstrução como se fosse uma investigação, que ajuda a entender como algumas obras são apresentadas.

Não procuro apenas interpretar mas entender o que e como estou fazendo a representação para dessa forma agregar em meu arsenal mais possibilidades criativas que facilitarão a execuções dos próximos trabalhos comerciais pois irei obter aquele tipo de conhecimento de quem trilhou um caminho desconhecido e tornou-se possuidor de valiosas lições e ações que o aumentarão minhas chances de êxito ao executar o trabalho e assim tornar-se um Artista de Armas.

Entenda que trabalhar com ilustração comercial é muitas vezes fazer trabalhos “normais” sem muito glamour ou necessidades radicais e psicodélicas exigida pelos clientes pois, diferente da indústria dos games e do cinema, o dia a dia em estúdio é atender a trabalhos simples e objetivos para uma clientela de diferentes setores da economia porém, o treino e os exercícios que desenvolvo através da do extremo das referências oriundas dos audiovisuais que puder fazer uso pois me permitem desenvolver qualquer trabalho e atender a qualquer necessidade comercial pois, mais uma vez citando o ator Will Smith, “Deve-se estar preparado para nunca precisar se preparar!”.

Deixe nos comentários o que acha da atriz e se tem outro filme em que a iluminação na cena te chamou a atenção.

Obrigado pela leitura e Sucesso!!

Sem comentários

Deixe uma resposta